Luana Piovani brilha em cena, em todos os sentidos. Sua roupa toda dourada destaca ainda mais sua beleza e confere um ar elegante ao espetáculo, “Cantos da Lua”, que fica em cartaz até 12 de novembro no Casino Lisboa.
O clima intimista se instaura mesmo antes de tudo começar, já que a plateia fica acomodada em mesas dispostas em cima do palco do Auditório dos Oceanos. Isso mesmo, tudo acontece ali em cima. Também há garrafas de água e de vinho à disposição do público, que, ao som de melodias relaxantes, aguarda ainda mais soltinho a entrada de Luana em cena.
Acompanhada da multi-instrumentista Hozana Matias, a artista percorre o palco durante todo o tempo contando histórias de sua vida. São causos sobre bebedeiras no Carnaval, ciúme de ex-namorado, convite para gravação de minissérie sobre “puteiro” e até detalhes sobre uma música que Caetano Veloso fez para ela, depois negou e depois admitiu tudo.
Sabe a força, o humor, a inteligência, a fragilidade, a agitação e a sinceridade que a gente vê em Luana pelas redes sociais? Pois tudo isso transborda em cena. Graças não apenas ao talento da artista, mas também ao olhar de Ando Camargo, o diretor da peça, que foi do Brasil a Portugal para integrar a equipe do espetáculo.
“Quando ela decidiu fazer a peça em comemoração aos 35 anos de carreira, queria alguém ao lado que fosse um parceiro, amigo e que viveu com ela várias das histórias ali contadas. Aceitei na hora“, conta Ando, que também é ator e já trabalhou com Luana muitas vezes no teatro e na Rede Globo.
“Nos encontramos em São Paulo durante uma semana pra lembrar e escrever as ‘Cantos’. Cantos são as músicas, mas são também cada lugar onde cada história aconteceu”, explica o diretor, que já ganhou importantes prêmios como melhor ator no Brasil, como o APCA e o Aplauso Brasil.
Culturice – O que vocês mais queriam provocar no público, com o espetáculo? O foco era ser mais musical, intimista, divertido, emocionante, tudo isso?
Ando Camargo – Sim, tudo isso misturado. Luana sempre quis algo intimista, perto do público. O olho no olho, e cada pessoa que ela toca ali é bonito de ver a reação. Sempre teve a ideia de que cada história teria uma música. Depois de muitas opções, escolhemos cada uma.
Acho que a grande surpresa nesta primeira temporada é o ‘emocionante’. O público se diverte durante o espetáculo mas sempre se emociona no final. Teve um ensaio em que todos da equipe estavam emocionados com olhos marejados. Foi aí que pensei: É isso!
Culturice – O que foi mais desafiador em todo o processo de construção do “Cantos da Lua”, em sua experiência como diretor?
Ando Camargo – Luana é uma atriz muito disciplinada, e, como produtora, muito exigente. Isso é incrível. Formamos uma equipe com os melhores! Direção musical, professor de canto, iluminador, figurinista, direção de movimento e direção de produção impecável.
Enfim, tudo ajudou com que os ensaios fossem sempre leves. Claro, existem os desafios diários, mas sempre estávamos prontos pra resolver. Todos trabalhando, e eu comandando esse time maravilhoso.
Também nossa guitarrista Hozana Matias fazendo uma linda parceria com Luana no palco. Durante o processo, muitos desafios. Mudanças aconteceram, mas sempre para o melhor da cena. A configuração da plateia foi um desafio porque só marquei o espetáculo quando cheguei ao palco. Na sala de ensaio, não tínhamos as mesas e era tudo imaginado.
O diretor é um “maestro”, e eu tinha profissionais sensacionais aos redor me respeitando a cada mudança, a cada decisão. Tudo isso faz um time ganhar um jogo. Meu olhar e sensibilidade estão ali a cada segundo da peça.
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