A prestigiada Semana da Crítica do Festival de Cannes chega à 62ª edição em 2023, com sete filmes escolhidos para participar da competição.
O diretor e autor francês Audrey Diwan é o presidente do júri deste ano, responsável por avaliar as produções participantes do evento.
“Tiger Stripes” é o primeiro longa-metragem da diretora malaia Amanda Nell Eu. O filme oferece uma visão nova, espirituosa e extravagante da metamorfose e rebelião adolescente. Uma obra de fantasia que celebra o desejo das jovens de se libertarem numa sociedade que pretende discipliná-las com firmeza.
“Levante”, da diretora brasileira Lillah Halla, fala sobre Sofia, uma atleta que sonha chegar ao topo, mas que vê seu sonho se transformar em pesadelo quando ela descobre que está grávida. Uma gravidez indesejada que ela não pode interromper legalmente, pois o aborto ainda é ilegal no Brasil.
Já “Sleep”, o primeiro longa-metragem do diretor coreano Jason Yu, fala sobre um jovem casal em dificuldades, antes e depois do nascimento do primeiro filho. São três capítulos, dois protagonistas, um bebê chorando, um cachorro latindo e um fantasma errante.
Em “Le Ravissement”, a diretora francesa Iris Kaltenbäck aborda habilmente as questões de uma amizade íntima e muito próxima entre duas mulheres e oferece um thriller psicológico fascinante. Um primeiro filme de tirar o fôlego, com uma escrita muito fina e delicadamente elaborada.
Na produção “Lost Country”, do sérvio Vladimir Perišić, o público assiste a uma saga íntima e política que se passa em Belgrado, em 1996, durante as manifestações estudantis contra o regime de Milosevic. Um adolescente está dividido entre suas próprias convicções e o amor por sua mãe, uma política corrupta. Um filme poderoso que revisa os cânones do drama clássico.
“Inshallah a Boy” é um filme da Jordânia dirigido por Amjad Al Rasheed que promove um retrato comovente de Nawal, uma prestadora de cuidados, viúva e mãe de uma jovem. Ela luta arduamente pela sua independência.
“Il Pleut Dans la Maison”, da diretora belga Paloma Sermon-Daï, fala sobre a relação entre irmãos que tentam permanecer juntos com a sua dignidade intacta enquanto a sua casa é inundada e a sua conta bancária esvaziada.